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Margaret Hamilton, nascida em 17 de agosto de 1936, em Indiana, EUA, é uma figura proeminente na história da ciência da computação. Sua notável carreira, repleta de realizações e desafios superados, a coloca como uma das pioneiras no campo e uma defensora da presença feminina nas ciências.

Iniciando sua jornada acadêmica no Earlham College, onde estudou Matemática e conheceu seu futuro marido, James Cox Hamilton, Margaret expandiu seus horizontes ao fazer pós-graduação em Meteorologia. Logo, ela se mudou para Boston, Massachusetts, para uma segunda pós-graduação, dessa vez em matemática pura na Universidade Brandeis. Durante esse período, seu trabalho focou-se no desenvolvimento de programas de predição climatológica em computadores e no projeto SAGE, o primeiro sistema de defesa aéreo americano.

O ponto crucial em sua carreira ocorreu quando Margaret ingressou no Laboratório de Instrumentação do MIT, tornando-se a líder da equipe no projeto Apollo da NASA nos anos 60. Sua notável contribuição foi no desenvolvimento do software de voo da Apollo 11, onde sua habilidade em antecipar e corrigir problemas (bugs) foi essencial para o sucesso da missão lunar em 1969.

Enfrentando o desafio de liderar em uma época em que a engenharia de software ainda não recebia o devido reconhecimento, Margaret Hamilton foi uma das primeiras a se autodenominar “Engenheira de Software”. Sua ousadia e contribuições foram tão significativas que, em 2016, ela recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade do ex-presidente Barack Obama, destacando não apenas suas realizações individuais, mas também sua representatividade para as mulheres na ciência.

Além de sua carreira profissional, Margaret enfrentou as complexidades de equilibrar a maternidade com o trabalho. Sua filha, Lauren, muitas vezes a acompanhava no trabalho, e um incidente, posteriormente chamado de “bug da Lauren”, ilustra a resiliência de Margaret diante das críticas de colegas homens. Esse episódio não apenas ressalta a dedicação de Hamilton ao trabalho, mas também destaca os desafios enfrentados por mulheres cientistas e mães.

Após a Apollo 11, Margaret Hamilton fundou a Hamilton Technologies, uma empresa dedicada à engenharia de sistemas e software. Seu legado vai além de suas realizações individuais; ela se tornou um símbolo da importância da diversidade de gênero nas ciências e da capacidade das mulheres de superar barreiras, contribuindo de maneira significativa para o avanço tecnológico e científico.

A trajetória de Margaret Hamilton destaca não apenas as conquistas individuais, mas também a necessidade contínua de promover igualdade de gênero e incentivar mulheres a perseguirem carreiras nas áreas STEM. Sua história é um testemunho da capacidade humana de superar desafios, inovar e inspirar futuras gerações de cientistas e engenheiros.

Texto base:

SOUZA, Hariel S.; RAPKIEWICZ, Clevi E. Margaret Hamilton: mãe cientista na liderança do Apollo 11. SBC Horizontes, maio. 2021. ISSN 2175-9235. Disponível em: <http://horizontes.sbc.org.br/index.php/2021/05/margaret-hamilton:-mae-cientista-na-lideranca-do-apollo-11/>. Acesso em: 30 de novembro. 2023.

Post Author: Ana Julia