A endometriose é uma doença crônica caracterizada pelo crescimento anormal de células do endométrio — tecido que normalmente reveste o útero — em locais fora dele. Durante a menstruação, em vez de serem eliminadas pelo corpo, essas células podem se deslocar e se fixar em órgãos da região pélvica e abdominal, como ovários, trompas, intestino e bexiga. Essa condição provoca inflamações, aderências e dores intensas, afetando a qualidade de vida de muitas mulheres.
Nos últimos anos, os diagnósticos de endometriose têm crescido significativamente. Segundo dados oficiais, houve um aumento de mais de 76% em três anos: de aproximadamente 82 mil mulheres diagnosticadas em 2022, o número saltou para mais de 145 mil em 2024. Esse avanço pode refletir tanto a maior conscientização e procura por exames quanto a real expansão da doença na população.
- Sintomas
A endometriose pode se manifestar de formas variadas, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico.
Entre os sintomas mais comuns estão:
• Cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação;
• Fadiga e cansaço frequentes;
• Menstruação abundante ou irregular;
• Dores durante ou após a relação sexual;
• Inchaço abdominal;
• Sangramento fora do período menstrual;
• Dificuldade para engravidar.
Estima-se que mais de 30% dos casos estejam relacionados à infertilidade. Por isso, identificar os sintomas precocemente é fundamental para buscar acompanhamento médico e reduzir complicações a longo prazo.
- Tratamentos e Precauções
O tratamento da endometriose depende do grau da doença, da intensidade dos sintomas e do desejo da mulher em ter filhos. Entre as opções, estão o uso de anti-inflamatórios, anticoncepcionais e tratamentos hormonais que reduzem a progressão da doença. Em casos mais graves, pode ser indicada a cirurgia para remover os focos de endométrio ectópico.
Além do tratamento médico, algumas precauções podem auxiliar no alívio dos sintomas e na melhora da qualidade de vida, como manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o estresse excessivo.
Vale destacar que a consulta frequente ao ginecologista é indispensável. Ela funciona não apenas como tratamento, mas também como medida preventiva, já que o acompanhamento profissional possibilita um diagnóstico precoce e uma abordagem personalizada para cada paciente.
- Sites consultados para elaboração dessa postagem:
BRASIL. Ministério da Saúde. Endometriose: atendimentos na atenção primária do SUS crescem 76,2% em três anos e impulsionam debate. Brasília: Ministério da Saúde, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/marco/endometriose-atendimentos-na-atencao-primaria-do-sus-crescem-76-2-em-tres-anos-e-impulsionam-debate.
REDE D’OR SÃO LUIZ. Endometriose. Disponível em: https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/endometriose.
FLÁVIO, Luiz. Endometriose: como é e a prevenção. Disponível em: https://drluizflavio.com/endometriose-como-e-a-prevencao/.
