
Psicanalista alemã, nascida em 1885, e uma das pioneiras da psicologia feminista. Ela ingressou na Universidade de Freiburg, na Alemanha, em 1906, e também estudou nas universidades de Göttingen e Berlim. Formou-se em Medicina pela Universidade de Berlim em 1913 , com especialização em psiquiatria — uma das poucas áreas em que as mulheres puderam atuar no meio acadêmico e científico na época.
Após sua graduação, Horney deu continuidade à sua formação no Instituto Psicanalítico de Berlim , onde se tornou psicanalista, além de atuar como professora e pesquisadora. Foi nesse ambiente acadêmico que se iniciou um questionamento sobre as teorias de Sigmund Freud, especialmente no que se referia à visão da mulher na psicanálise.
Em 1932, mudou-se para os Estados Unidos, onde foi professora no Instituto Psicanalítico de Nova Iorque . Mais tarde, rompeu com a abordagem psicanalítica tradicional e fundou, em 1941, uma Associação para o Avanço da Psicanálise , propondo uma psicanálise mais focada no desenvolvimento humano, no contexto social e cultural.
Karen Horney desenvolveu conceitos fundamentais como a “ansiedade básica” e as “necessidades neuróticas” , trazendo uma nova perspectiva para entender os comportamentos humanos. Defende que o desenvolvimento da personalidade foi fortemente influenciado pelo ambiente social, cultural e pelas experiências de vida, e não apenas por fatores biológicos, como defende Freud.
Seu trabalho foi essencial para abrir espaço a uma psicologia mais inclusiva e sensível às questões de gênero e cultura. Até hoje, suas contribuições continuam sendo referência para quem busca uma compreensão mais ampla, humana e diversa do desenvolvimento psicológico.