A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde destacam que o suicídio é a quarta causa de morte entre jovens brasileiros de 15 a 29 anos, vindo após acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Globalmente, ocorrem cerca de 800 mil casos de suicídio a cada ano, superando as fatalidades causadas por HIV, malária ou câncer de mama, e até mesmo conflitos e homicídios. No Brasil, são registrados aproximadamente 14 mil casos anuais. Esse número equivale a cerca de 38 suicídios diários. No cenário nacional, 12,6% dos homens e 5,4% das mulheres a cada 100 mil cometem suicídio.
A abordagem sobre o suicídio ainda é limitada, possivelmente devido a estigmas culturais, religiosos e receios. A compreensão simplista muitas vezes prevalece, retratando quem enfrenta esse desafio como alguém que desistiu, carece de força, entre outros. A verdade é que indivíduos em intenso sofrimento buscam libertação, e a falta de informação apenas dificulta a busca por ajuda e a prevenção eficaz.
O suicídio é um fenômeno multifacetado que afeta pessoas independentemente de origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Resulta da interação de fatores psicológicos, biológicos, culturais, socioambientais e genéticos, não podendo ser reduzido a eventos isolados na vida de alguém.
Indicadores de alerta incluem expressões de intenções suicidas, publicações negativas nas redes sociais, isolamento, comportamentos perigosos e falta de perspectivas futuras. Ao identificar tais sinais, é crucial evitar o julgamento e o desmerecimento do sofrimento da pessoa. Em vez disso, acolhimento, compreensão e busca por ajuda profissional são essenciais.
A manutenção de hábitos saudáveis também contribui para a prevenção. A adoção de uma dieta variada para suprir os nutrientes necessários e a prática de atividade física beneficiam a saúde cerebral. Além disso, o gerenciamento de doenças crônicas é um fator preventivo importante, sendo também influenciado por hábitos saudáveis.
Recursos para obter ajuda incluem Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades Básicas de Saúde, serviços de emergência médica, e o Centro de Valorização da Vida (CVV) através do número gratuito 188. O CVV oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo via telefone, email, chat e voip 24 horas por dia.
