Dia: 22/10/2015 – Local: Auditório 2 – Horário: 9h às 12h e 14h às 20h
O mundo atual vive a era da Sociedade da Informação e do conhecimento, na qual empresas e centros de pesquisa compostos por pessoas capazes de agir com base na percepção e na relação de fatos globais assumem papel de relevância. Valoriza-se o capital intelectual, ativo dessas instituições, nem sempre concretamente materializado, mas que envolve o conhecimento sobre como realizar processos e tomar boas decisões nos diversos níveis institucionais. Neste cenário, o ensino de Computação assume um papel de grande importância social, devendo formar profissionais que, além de uma boa base técnico-científica, possuam a capacidade de refletir, analisar, discernir e influir sobre as mais diversas questões do mundo contemporâneo. A Informática se tomou uma realidade concreta e irreversível, cujo estágio tecnológico impõe uma presença que já não pode ser ignorada pela sociedade. A formulação de modelos computacionais que explicitem, incorporem e processem conhecimento também é uma característica desejável ao profissional de Computação.
A Computação está presente nos principais avanços em todas as áreas do conhecimento. Novas formas de interação entre as ciências, em vários níveis e escalas, são mediadas pela Tecnologia da Informação, que é a simbiose da Ciência da Computação com diferentes domínios do conhecimento. De fato, muitas das grandes descobertas científicas recentes são resultados do trabalho de equipes multidisciplinares que envolvem cientistas da Computação. A computação permeia todas as outras áreas nas suas várias formas de investigação científica, tais como, simulação, modelagem, monitoramento e mensuração. Pode-se dizer que a Computação revolucionou a pesquisa científica, sendo hoje reconhecida como o “terceiro pilar” a sustentar a pesquisa, junto com os pilares da teoria e da experimentação.
De acordo com os dados apresentados no documento de área da CAPES de 2013 em Computação, o Brasil é o quarto maior mercado mundial de tecnologia da informação e comunicação (TIC) e sétimo maior em tecnologia da informação (TI). A expectativa é que o país alcance a terceira posição em 2022. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), estima-se que o setor de TIC tenha movimentado US$ 233 bilhões em 2012 e que alcance aproximadamente US$ 430 bilhões em 10 anos. O setor emprega hoje 2,5 milhões de pessoas, sendo a expectativa de que esse número aumente em mais de um milhão de profissionais nos próximos dez anos. Segundo dados do MCTI, nesse mesmo período o mercado brasileiro de software deverá crescer cerca de 400 Esse cenário positivo gera demanda para formação de recursos humanos qualificados, exigindo planejamento e maiores investimentos. Além disso, para que o país alcance posições cada vez maiores em destaque internacional, é necessário um alto grau de inovação e pesquisa.
Neste diapasão, desde 2013 a Escola de Informática & Computação (EIC) têm sistematicamente promovido o Workshop da Escola de Informática & Computação (WEIC). No ano passado o evento atraiu mais de 200 inscrições. O WEIC é um evento dedicado a abordar problemas computacionais, seja pelo estado da arte ou pelo estado da prática, que estejam em aberto e apresentar indicativos de como a comunidade cientifica e industrial vêm abordando e tratando tais questões. O objetivo do evento é promover e difundir as experiências dos pesquisadores e desenvolvedores de nosso estado, de modo a motivar alunos, nos diferentes níveis de ensino, a se engajarem na resolução desses desafios. O evento é concebido de modo a ser o mais amplo possível, procurando cobrir um espectro amplo de temas na área de Computação Básica & Aplicada. As apresentações tem duração de 50 minutos, com 10 minutos destinados a perguntas e interação com os alunos.
Palestrantes:
- Celina Figueiredo (COPPE/UFRJ) – Resolver ou Verificar? – 9h
- Vanessa Braganholo (UFF) – Mulheres na Computação – 10h
- Leonardo Murta (UFF) – Processando 6 Bilhões de Posições GPS de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro – 11h
- Ronaldo Ribeiro Goldschmidt/Maurício (IME) – Mineração de Dados em Redes Complexas – 14h
- Fabio Porto (LNCC) – Ciência para o Esporte – 15h
- Geraldo Xexéo (COPPE/UFRJ) – Pesquisando o desenvolvimento de jogos – 16h
- Leonardo Lima (CEFET/RJ) – Teoria Espectral de Grafos e Aplicações – 17h
- Ricardo Ogando (ON) – Luz, Câmera, 5 anos – 18h
- Eduardo Ogasawara (CEFET/RJ) – Big Data & IoT – 19h