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O Mestrado em Ciência da Computação (MCIC), do CEFET/RJ, possui o compromisso com o desenvolvimento de ações de integração com a comunidade que o circunda, dentro de uma perspectiva de articulação entre ensino, pesquisa e extensão em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), Plano de Desenvolvimento da Pós-graduação e Plano Político Pedagógico do CEFET/RJ.

Até 2019, o Programa realizava sua autoavaliação de modo ad-hoc. A autoavaliação era centrada no acompanhamento dos indicadores de produtividade da CAPES. A partir deles, ações eram tomadas para ajustar o Programa visando a melhoria dos pontos fracos e fortalecimento dos pontos fortes. Exemplos de ações que já vinham sendo feitas eram de acompanhamento anual do plano de trabalho dos docentes para que eles melhorem a aderência ao programa, produtividade e boas práticas de orientação. Outro exemplo está na reformulação do processo seletivo em 2019 para selecionar, de forma justa e transparente, discentes que tenham potencial para concluir o mestrado, evitando, assim, evasões. 

Neste ano, estamos finalizando o processo sistemático de autoavaliação. Nesta nova modalidade, todo planejamento do Programa é centrado no perfil do egresso desde o processo seletivo de discentes até o acompanhamento dos mestres formados. O perfil do nosso egresso visa formação de cientistas da Computação com ênfase em Ciência de Dados tanto para área acadêmica, tais como, professores de universidades e institutos tecnológicos, como de profissionais aptos a trabalharem com a grande demanda desse perfil, que tem se tornado cada mais urgente no meio de Tecnologia da Informação. 

O processo de autoavaliação leva em consideração as normativas da CAPES de autoavaliação (https://www.capes.gov.br/relatorios-tecnicos-dav), UK Quality Code for Higher Education (https://www.qaa.ac.uk/quality-code) e referencial de formação de pós-graduação stricto sensu em Computação (SBC) (https://www.sbc.org.br/educacao/referenciais-de-formacao-para-os-cursos-de-pos-graduacao-stricto-sensu-em-computacao). 

No que tange aos preceitos estabelecidos pela CAPES em autoavaliação, o Programa se organiza na condução da autoavaliação visando monitorar a sua qualidade no processo formativo, na produção de conhecimento, na atuação e impacto educacional, científico e de inovação e transferência de conhecimento. A monitoração da qualidade é feita ao se responder perguntas norteadoras do processo de autoavaliação associadas à percepção interna do Programa e sua percepção esperada pela CAPES. Na perspectiva interna, objetiva-se medir o sucesso do Programa propriamente dito, dos seus discentes, docentes e técnicos administrativos. Na percepção esperada pela CAPES objetiva-se caracterizar como o Programa se autoavalia no cumprimento de sua missão, objetivos, metas, formação, perfil de egresso, produção de conhecimento, inovação e transferência de conhecimento.  

No que tange as boas práticas do UK Quality Code, o Programa foca nas cinco principais questões:

  1. Processo seletivo de discentes justo e confiável;
  2. Qualidade do curso oferecido;
  3. Planejamento do curso e disciplinas;
  4. Aprendizado; 
  5. Engajamento dos discentes;

Finalmente, no que tange aos referenciais da SBC, a missão, objetivos gerais e específicos e metas de curto, médio e longo prazo foram todos revisitados. Também foram revisitados perfil de egresso, incluindo as competências e os eixos genéricos e específicos. O resultado desta revisitação pode ser visto ao longo da proposta nas seções de objetivos, proposta curricular e integração com a graduação e ensino médio-técnico. 

Em maio de 2020 conduziremos a autoavaliação sistematizada nestes novos moldes. Inicialmente iremos executá-lo internamente no âmbito do colegiado (execução piloto para ver se há algum ponto a ajustar) e na sequência iremos convidar discentes, egressos, coordenadores de outros Programas, membros da entidade de iniciativa privada e pública para participarem da autoavaliação em workshop específico do Programa. 

I – Pontos Fortes

Os pontos fortes são listados a seguir:

  1. O PPCIC apresenta-se como o primeiro Programa de pós-graduação stricto sensu do Brasil com ênfase em Ciência de Dados. Isso abre um espaço de destaque do CEFET/RJ no cenário brasileiro nesse domínio e, ao mesmo tempo, traz oportunidades de estabelecer várias parcerias que potencializam a pesquisa e aumentam o impacto e transferência de conhecimento do Programa.
  2. Parcerias com pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais bastante reconhecidas aumentam a sinergia e possibilitam pesquisas mais sólidas e promissoras.
  3. Verticalização do ensino: médio/técnico, graduação e mestrado, é um ponto a destacar, uma vez que desperta o interesse pelas atividades de pesquisa do Programa por alunos de outros níveis que, ao ingressarem no PPCIC, já tiveram a oportunidade de se envolver com estudos e projetos relacionados às duas linhas de pesquisa.
  4. Política institucional de apoio tanto administrativo quanto no aporte financeiro às atividades de pesquisa e pós-graduação. Um exemplo foi a implantação das regras de Credenciamento e Acompanhamento Docente – aprovada pelo Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação (COPEP) e homologada pelo Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) – para todos os programas de pós-graduação da instituição. Esse apoio tem sido fundamental e se refletiu na melhora da produção intelectual do Programa. Outro exemplo é o aporte financeiro de aproximadamente dois milhões anuais para o desenvolvimento de atividades de pesquisa.
  5. As pesquisas desenvolvidas no Programa estão diretamente alinhadas com os temas considerados estratégicos e prioritários no Plano Institucional de Internacionalização e no Projeto de Internacionalização do CEFET/RJ. Assim sendo, haverá a ampliação do apoio institucional para as ações envolvendo a internacionalização do PPCIC.
  6. Regras de credenciamento do Programa sólidas e aderentes às necessidades da área da Ciência da Computação.
  7. Transparência do Programa. Atas, documentos, e o funcionamento do Programa estão disponíveis no site do Programa.
  8. O Programa se inicia com uma boa produção intelectual e distribuição da produção.
  9. Fortalecimento significativo de captação de recursos em órgãos de fomento como CNPq (Edital Universal, Bolsas PQ e Jovem Cientista) e FAPERJ (Edital de Apoio às Engenharias, Edital de Apoio a Grupos Emergentes, APQ-1, APQ-4 e outros).
  10. Coordenação do curso conta com as comissões de autoavaliação, avaliação docente, seleção, bolsas e acompanhamento discente e egressos, que têm reuniões periódicas para acompanhar os indicadores e zelar pela implementação das ações dos objetivos, metas e melhorias levantadas durante a autoavaliação.

II – Pontos a Melhorar

Os pontos a melhorar são listados a seguir:

  1. Apesar do Programa apresentar diversas publicações nos estratos superiores, estão sendo feitos esforços para aumentar, cada vez mais, o quantitativo de publicações em veículos considerados mais bem qualificados pela área e aumentar o índice H dos docentes do Programa.
  2. O PPCIC já conta com docentes com bolsa PQ, mas pretende-se ampliar mais esse número.
  3. Como se trata de um programa recente, apesar das diversas iniciativas já descritas anteriormente, entende-se que seria importante ampliar ainda mais as ações que aumentassem a visibilidade do Programa, de modo que o PPCIC possa ser mais conhecido e reconhecido pela sociedade e pela comunidade da área de Ciência da Computação. Ações como tornar-se sede do Poscomp e organização de eventos nacionais e internacionais vêm sendo realizadas.
  4. Apesar dos diversos projetos com recursos oriundos de órgãos de fomento, o PPCIC considera que é importante ampliar a quantidade de recursos advindos de órgãos de fomento, especialmente considerando-se que há dificuldades burocráticas para aquisição de material e serviços, bem como, estabelecimento de parcerias que envolvam repasse de recursos. Nesse sentido, está havendo um movimento por parte dos docentes do PPCIC de submeter projetos e participar de editais de órgãos de fomento como CNPq e FAPERJ.

Cabe um comentário da situação econômica atual, que sinaliza um quadro de escassez de recursos das fontes de fomento federais e estaduais. Neste contexto, o Programa tem a necessidade de aumentar o esforço para tentar elevar o nível de produção sem os mesmos recursos, principalmente financeiros, dos anos anteriores.